02/08/2016

Édipo rei: Uma tragédia gregaÉdipo rei: Uma tragédia grega by Sófocles
My rating: 5 of 5 stars

Não consegui detectar nada "edipiano" em Edipo Rei de Sófocles. O uso moderno do tremo foi inventado por Freud e não se aplica aqui. Se fosse usar o termo "edipiano" de acordo com o original grego, ele seria sinônimo de tragédia grega e não de relacionamento consangüíneo. Enfim... É bem fácil de ler, rápido e fluente e influente, como toda a dramaturgia grega.


View all my reviews

30/06/2016

Review: A Cidade e as Serras - Eça de Queirós


Este é o primeiro livro que li de Eça de Queirós. Apesar de obviamente saber quem eé o autor e saber de sua importância para a literatura de língua portuguesa, nunca havia lido nada dele nem nada sobre ele porque sou avesso a qualquer tipo de spoiler, gosto de explorar, desbastar cada autor autor e sua obra.


Eça de Queirós foi advogado e diplomata e isso deu a ele uma chance de girar a Europa a trabalho. A "Cidade" título da obra é Paris. Ao criar a trama com seus personagens e "A" Cidade como pano de fundo, o autor traça um quadro bem completo, bem amplo do modo de vida urbano. É muito divertido entrar de cabeça num mundo pré-Guerras Mundiais em plena efervescência tecnológica. Um mundo que via um pipocar de muitas invenções então uma novidade absoluta para época, novidades ainda não estavam acomodadas no cotidiano das pessoas e por isso causavam muita estranheza. Falo do telefone, da luz elétrica, da água aquecida encanada, do bonde elétrico, do trem a vapor, dentre outros, muitos.

A autor ridiculariza a falibilidade destas tecnologias através de cenas extremamente cômicas, como aquela em que o elevador de comida da cozinha falha, ainda com comida dentro, e ficam todos tentando "pescar" os peixes que ali ficaram presos. Também a cena que explode um cano de água quente, me causou muitas risadas. Eça de Queirós pinta quadros  sociais que beiram a ironia ácida Machadiana, retratando o ridículo da vida vã e frívola que aquela casta cultural parisiense bem viveu na chamada "belle epoque", tendo seus represantes com Tolouse-Lautrec e etc.

fgjfgjfgj
Paisagem bucólica no interior de Portugal.

Ah, como o mundo andava tranquilo demais naqueles tempos! Faltava uma crise, uma destas que colocam o sistema capitalista inteiro em cheque, crises estas que na época eram resolvidas na bala. Ou melhor: bala, trincheira, canhão, metraladora etc, como bem foi nas Guerras Mundiais. Mas daí vem o contraponto; a reviravolta da trama. Por um motivo não menos frívolo (os ossos de
seus ancestrais) o protagonista, junto com seu amigo mais íntimo, e que até então lhe acompanhara fielmente, devem abandonar "A" Cidade.  

Na minha opinião esta é a parte mais gostosa da trama, a parte que eles deixam "A" Cidade com toda sua finitude, com todas as coisas vãs e frívolas para trás e começam a entrar no dia-a-dia do campo, no interiorzão de Portugal. É neste interior onde o protagonista mantém propriedades herdadas de seus pais que lhe garantem uma boa renda. Mas o fato de nunca ter que trabalhar para ganhar a vida não o faz um homem menos digno. Acaba revelando-se quase um governante, governante justo, que ajuda a população local em suas necessidades básicas tão grandes e até então tão desprovidas. Neste ponto me foi muito interessante notar o poder quase feudal do senhor das terras. Isso porque apesar do sistema feudal ja ter sido abolido há algum tempo, o poder local do dono de terras se manteve enorme. Isso prova como na história tudo muda mas tudo fica sempre igual..
Uma leitura de primeiríssima que para uma pessoa nascida em meio urbano como eu significa muito. Traz muitas reflexões sobre o modo de vida que temos na cidade grande. Do tipo até que ponto realmente precisamos disso que usamos. Definitavmente perdi o último restinho de arrogância que tinha quando pensava no modo de vida do homem do campo, hoje os vejo de forma totalmente diferente do que os via antes de ler este livro. Também nos faz pensar: até quando este modo de vida urbano vai se sustentar, e quando vai acontecer o êxodo urbano que vimos no final do império romano, quando a civilização fugiu das cidades em busca da proteção que senhores feudais proviam em troca de trabalho? É....

04/04/2016

Review

Sobre a Brevidade da VidaSobre a Brevidade da Vida by Seneca
My rating: 5 of 5 stars

Ler esse livro serve para podermfos ver que "algumas coisas nunca mudam" mesmo. Tem que ter muito cuidado e ter sempre em mente que foi uma carta escrita há quase 2000 anos dentro de um contexto na vida do filósofo muito preciso. E que se não mantivermos isso presente corremos o risco de generalizações infudamentadas e justificativas errôneas para atos que nunca foram o propósito do autor. Conhecimento é poder e Sêneca vai ser sempre atual.

Reading this book is a good thing for making us figure out how "somethings DO never change".. But always bear in mind this is a letter written almost 2000 year ago inside very specific circumstances. And if we don't we are always on the risk of making misleading conclusions, erroneously justifying act which were never meant by the author. There is no knowledge that is not power and Seneca will always be up to date.


View all my reviews

28/03/2016

BeethovenBeethoven by Bernard Fauconnier
My rating: 4 of 5 stars

Uma ótima biografia. Excelente para os aficionados de música pois ajuda a entender as circunstâncias da vida do compositor no momento em que cada obra foi composta. Desta forma, pode-se apreciar melhor suas músicas. Genialidade e sofrimento psíquico podem andar lado a lado mas o autor faz questão de deixar claro que o sofrimento é sempre algo ruim, consequência de coisas ruins e que Beethovem jamais ansiou por isso. E no caso dele o sofrimento se manifestava através do alcoolismo herdado pelo pai, solidão e angústia. Dessa forma elide-se qualquer justificativa que alguém pode eventualmente vir a fazer para que o que hoje talvez fosse chamado de depressão seja glamourizado. Fica bem claro que estes quadros não são coisas desejadas pelo biografado que viveu sua vida em grande sofrimento psíquico e devemos sim ter é pena disto e não admiração.

Mostra também como a maioria dos grandes compositores viveram em grandes dificuldades materiais, sendo pouquíssimos os de origem aristocrática e nobre que nasceram viveram e morreram no luxo e conforto. E Beethoven de fato jamais foi um deles.


View all my reviews

O Santo Inquerito


O Santo InquéritoO Santo Inquérito by Dias Gomes

Sem querer entrar em controvérsias religiosas, é uma ótima peça teatral na medida que nos traz à reflexão sobre o que a falta de separação entre Religião e Estado pode vir a levar. É também interessante porque traça um retrato da Santa Inquisição que bem circulou em terras tupiniquins. A personagem principal Branca já virou lenda na Paraíba. A verdade é que poucos fatos sobre ela são realmente confirmados. Sabe-se que ela realmente viveu e acabou morrendo perseguida pela Inquisição. Todo o resto foi recriado pela habilidade do autor que se justifica dizendo no prefácio que: "quase nada se sabe comprovadamente, mas dadas as circunstâncias do espaço e do tempo, bem poderia ter sido desta forma". Típico dos romance históricos, que todos adoram. É uma boa peça, vale muito a pena ler. Pode ser lido em poucas horas. Difícil é achar uma encenação dela seja no YouTube seja pelos teatros do país. Review curtinho pelo fato da peça ser curtinha.

View all my reviews

20/03/2016

Incidente em Antares - Review


   Incidente em Antares é um romance histórico dividido em duas partes. A primeira é quase um documentário histórico do Rio Grande do Sul, bem ao molde dos dois primeiros volumes da obra prima de Erico: a saga Tempo e o Vento. Este quase documentário é polvilhado de fatos, autores, artigos, personagens históricos etc, fictícios e que o autor propositalmente não faz questão de distinguir entre o real e o imaginario, criando uma linha tênue e por vezes mesclada entre o que existiu e o que é imaginado pelo autor.

O autor inclusive cria uma divertida interligação entre o Tempo e o Vento, e a família Terra sendo ela aqui representada com o professor Martim Francisco Terra. É ele quem encabeça uma 'expedição' que vai até a distante cidade missioneira conduzir uma controversa pesquisa: "Anatomia duma Cidade Gaúcha de Fronteira". Que na verdade é um pretexto: o autor inseriu essa pesquisa através deste personagem na trama para 'fermentar' a história; 'dar um tempero' ao livro. Isso pois a forma como ela se desenrola é um tanto improvável, ou seja, o autor não é isento no seu texto. Mas isto apenas torna a história ainda mais interessante porque por muitas ocasiões, o resultado desastroso da pesquisa é hilário demais com situações bem típicas de cidades minúsculas. Nesta parte também também é traçada a trajetória das famílias Vacariano e Campolargo, 'coronéis' daqueles rincões do Brasil. Trajetória aliás bem excusa, totalmente intrincada com a trajetória da história de nosso país. Erico faz isso com muita habilidade, cria personagens imaginários dentro de contextos históricos muito precisos. Aqui a ficção mais uma vez serve de denúncia para as mazelas do país..

Já a segunda parte, a parte do "incidente", a história assume um quê de fantástico com a volta dos mortos. Aproveitando que não têm mais nada a perder põem-se a denunciar em praça pública todas as mazelas da cidade, a corrupção, a hipocrisia daqueles que são os falsos moralistas (veja bem nem todos é claro). Sem fatalismos, Erico mete o 'dedo na moleira' denunciando os personagens imorais da cidade, que acabam sendo mesmo metáforas para todos os políticos que são corruptos do Brasil. "Ah como o país não mudou nadinha" será o primeiro pensamento do leitor. E é isso mesmo pois o livro foi escrito em 1971 e se passa nos anos 60, de fato o país não mudou nada!

Literatura de qualidade é isso, Erico Veríssimo já está no panteão dos grandes escritores nacionais e ela deve necessariamente apresentar algo que dê o que pensar, deve deixar o leitor 'com a pulga atrás da orelha', deve romper aquele equilíbrio do pensamento e fazer do leitor uma pessoa com visão de mundo mais ampla. E é isso que o autor faz com o absurdo retorno dos mortos que é apenas um pretexto para falar de assuntos que afetam a todos os vivinhos da silva. Desde os anos 60. Ou seria desde muito antes?

21/08/2015

Review: Capitães da Areia

Subversivo? Panfletário? Comunista? Retrato do descaso com o menor abandonado no Brasil? Denúncia social? É realmente difícil definir esta obra prima de Jorge Amado. De cunho inegavelmente comunista, o impossível mesmo é o leitor ficar impassível frente as situações abordadas pelo autor. Revoltante? Talvez. Mas o que é mesmo revoltante: os infortúnios dos meninos retratados na história ou o fato de que uma chaga nacional retratada nos idos de 1930 continua abertíssima em nossas cidades? Muito pouco mudou no nosso país e ler este livro faz lembrar um outro de caráter policial: O Abusado, de Caco Barcelos.

Review: Cuidado, spoilers. 

Jorge Amado,  mostra-se engajado. É curioso notar como o comunismo ainda um tanto incipiente inspirava sinceramente os corações das pessoas. Escrito nos idos da Segunda Guerra Mundial, ele ainda não havia sido afetado pelos turbulentos eventos ao longo de quase todo o século XX. A União Soviética era o berço de um sonho que nunca se realizou plenamente, influenciando a "luta de classes" que no caso do livro é retratado pelos grevistas e pelo pai do menino Pedro Bala, assassinado numa batida policial. Isso num país políticamente instável em plena era Vargas . É muito difícil falar em comunismo sem despertar algum tipo de reação política, mas graças a este tipo de literatura, pela primeira vez teve-se a visão do mais fraco, do socialmente excluído desde o nascimento. Se o dia a dia destes menores abandonados não faz parte de nossa vida ou da vida do autor, pelo menos serve para criar um 'princípio' uma visão diferenciada sobre essa legião de crianças que nasceram e cresceram desgarradas, conhecendo apenas a lei da sobrevivência contra a fome, da lei do mais forte. Traz nos a reflexão, a olhar para dentro e quem sabe se reposicionar sobre algumas coisas?

 É também um documentário retratando situações de nosso país que hoje, aos olhos do século XXI são revoltantes. A forma como uma doença como a varíola é tratada pelas autoridades, discriminando expressamente os ricos dos pobres, que eram literalmente atirados em quarantena que representava quase certamente pena de morte, parece-nos impensável hoje. Pelo menos públicamente esta conduta é inaceitável.


Pérola da literatura nacional, certamente vai influenciar quem lê, ainda que minimamente. Ainda que não se concorde com tudo o que foi escrito.

19/02/2015

EBOOKS vs LIVROS IMPRESSOS


Então tá, mais um bastião da era digital é derrubado. Mais uma "bastilha" do capital cai. A literatura entra no eletrônico. Tá mas e aí? Uma reportagem do Financial Times editada pelo Globo, que sempre bebe nas fontes estrangeiras, explica que as vendas dos livros físicos na verdade AUMENTARAM em 2014, revertendo uma tendência de queda que já vinha há 4 anos senão mais.
Mas então. Além do que é fato, todo o resto é opinião. O que não nos impede de dissertamos. O que acontece? Por que preferimos o livro físico? Por que o livro digital surpreendentemente perdeu espaço? Por que o terror das editoras de uma era do MP3 dos livros não parece que irá se confirmar?
É um assunto controverso, muito difícil de prever exatamente como vai ser, porque ainda não acabou, está acontecendo.
Alguns dirão "ah eu adoro sentir o livro na mão", "eu gosto do cheiro do livro", "o livro de papel eu posso emprestar e o digital não". Estão corretos.
Antes que nos armemos para o embate, temos que ter senso histórico e perceber que não há "guerra" Digital VS Papel. Estamos é em plena era de transição, ou melhor, do surgimento da literatura digital, e um jamais vai excluir o outro, o papel jamais vai ficar obsoleto e o digital jamais vai substituir o papel. Ambos irão coexistir. Esquecendo essa de "x versus y", devemos analisar as vantagens e desvantagens de cada um, tendo em mente que cada formato se adequam melhor em cada situação, e cada situação é mais conveniente de acordo com o caso, mas isso é outro assunto.
Em resumo, cada caso é um caso e ambos têm vantagens e desvantagens. Um complementa o outro, jamais excluem.
Enfim independente de tudo, a diferença mais profunda da literatura para a música, é o tempo que convivemos em contato efetivo com a mídia em questão. Enquanto com a música, aguentamos antes de nos cansar ouvir alguns álbuns (antigamente se dizia CDs ou mais antigo ainda 'discos'), algumas horas de contato e basta. Já o livro torna-se parte de nossa convivência. Dependendo do tamanho do livro, bem mais que isso. Após dias, semanas até meses lendo um Crime e Castigo, Irmãos Karamazov, um Tempo e o Vento, é como se o livro fosse uma companhia, um amigo que compartilhamos alguns dias de nossas vidas. Parece que é o autor a nos acompanhar. Estabelecemos um vínculo, afetivo mesmo, muito mais profundo com o livro do que com qualquer outro tipo de mídia, musical ou cinematográfica.
Chega a ser contraditório na era do descartável as pessoas ansiarem por algo que lhe dê uma convivência mais prolongada. Mas é exatamente por isso que o público mais jovem prefere livro de papel, com seus vampirinhos açucarados, que o 'mommy's porn' aquele do 'cinza' faça tanto sucesso, que Guerra dos Tronos faça renascer o gênero fantástico. Esse mergulho, essa imersão que só o livro, de preferência o de papel dá sem igual.
Enfim, apesar de ser impossível prever como será o futuro, eu pessoalmente aposto na tendência dos dois formatos se acomodarem pois tem mercado para os dois. As vantagens e desvantagens de cada formato é assunto pra um post específico.

17/02/2015

Literatura: Triste Fim de Policarpo Quaresma - Lima Barreto

Verdadeira pérola, gema rara da literatura nacional, não, da literatura universal. É notável a influência de um autor que também era jornalista, e como todo bom jornalista não podia deixar de tocar, em política, na verdade fazer política. Fazendo uma crítica mordaz ao Brasil da época retratada, sentando o martelo no Marechal Floriano, Lima Barreto cumpre o "papel social" da literatura, botando o dedo na ferida, empapando sua obra de crítica, especialmente a social. Afinal é pra isso que arte serve não? Quando não for concebida para criar algo realmente belo, serve para quebrar, denunciar, registrar, documentar, de preferência tudo isso. Exemplos são fartos, vastos, e aqui Lima Barreto consegue fazer os dois (crítica e arte).

É tentadora uma comparação entre o Brasil da época e o Brasil hoje: "nossa como esse livro é atual" é impossível não dizermos internamente. A imprensa, Jô Soares e etc especialmente adoram isso, comparar. 
Sendo um verdadeiro documentário de um grande conhecedor de causa, retrata as nossas mazelas e contradições ainda em "estado primitivo" porém já amplamente consolidadas e enraizadas no "ser brasileiro". Tais mazelas foram heroicamente resistindo ao tempo e chegaram sim (infelizmente) quase intactas aos nossos dias. Esse tipo de livro nos abre horizontes, dá argumentos para sustentar teorias e serve para consolidar opiniões.

Infelizmente também serve para desfazer ilusões. Apesar de proclamadores da república, nossos primeiros governantes foram desastrosos para o país em suas politicagens e ânsia por favorecimento pessoal em um país pobre (não estou falando de hoje). Não há como negar. O problema de se aprofundar nos mares do conhecimento é isso, desilusões: o Brasil é uma país mendigo SIM de "heróis nacionais" de figuras pessoais que personifiquem as virtudes de um povo, a nossa identidade nacional enfim. Não temos um Bismarck, um Napoleão, um Henrique VIII um Vittorio Emanuele, um George Washington um Pedro o Grande . Temos sim grandes nomes formadores da república, hábeis sábios que estavam no lugar certo na hora certo, mas não são de domínio publico, algo que todo brasileiro sem exceção saiba, respeite e cultue de um jeito ou de outro. E essa é uma das desilusões que Lima Barreto em seu tom ácido e quase debochado esviscera para todos estudarem.

Suas influências foram muitas, com bastas citações de Mitologia Clássica e autores franceses iluministas ou não - lembremos que a França foi o centro irradiador da cultura mundial até a  II Guerra Mundial.
O que pouca gente sabia (inclusive eu) foi sua principal influência. A navegar pelos reviews do Goodreads descobri um ótimo review do (acredite) The Guardian  do Reino Unido(será que os gringos dão mais valor ao que é nosso do que nós mesmos, oh eterna atroz dúvida....) e lá descobri que ele se influenciou profundamente no livro de Gustave Flaubert Bouvard et Pecuchet que fala a história de três "clerks"(funcionários públicos) aposentados que querem "aprender tudo sobre ciência com resultados desastrosos"

Enfim, livro básico na biblioteca de qualquer ser humano, já caiu em domínio público, pode ser facilmente encontrado de graça no Books.