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Beethoven segundo Andy Warhol |
Traduzindo do italiano o verbo"
dilettare" significa "deleitar", "divertir", agradar. Em português,
dileto vem do latim e quer dizer "muito querido", "preferido na afeição". Daí a palavra Diletante, que segundo o dicionário da Porto Editora quer dizer: Quem se dedica a alguma coisa por prazer e não por obrigação". "IL Dilettantte" é isso. É um alter ego criado por mim. Em plena era digital em que a privacidade está se tornando cada vez mais difícil de alcançar, criei este pseudônimo para designar a mim mesmo nas redes sociais, tão abundantes hoje em dia.
Sou um "
trend hater", ou seja, evito ao máximo seguir as modinhas pois as coisas realmente boas, as que realmente valem a pena dedicar atenção na busca por entender e apreciar, são sim para sempre. Não são "
trends". E quase sempre foram feitas antes mesmo de nós nascermos. Mas ocorre que modinhas são a base da nossa Sociedade do Digital. Com tanto lixo rodando pela Rede, eu decidi usá-la justamente para arte. Utilizei a abundância, a infinitude e eterna disponibilidade de dados da internet para me aprofundar de forma gratuita. Pois acontece que a rede de computadores é uma faca de dois gumes afiadíssimos: pode ser uma arma poderosa para o bem E para o mal. Graças a ela e a pirataria (infelizmente), ter acesso a Arte de qualidade elevada deixou de ser coisa cara, privilégio de poucos. Não precisamos mais de grandes somas de dinheiro para ter acesso aos grandes artistas da humanidade. Em alguns dias de banda larga temos em nossos HDs toda a obra já gravada de Handel, Mozart, Beethoven, J.S. Bach. Basta usar a internet dentro deste objetivo. Em alguns segundos de YouTube tenho execuções de qualquer obra erudita, tenho documentários sobre arte e os grande artistas da humanidade tudo ali, disponível e gratuito. Acabou a desculpa que acesso a informações sobre arte é caro. Esse negócio de música Clássica ser cara é algo aliás muito contraditório.
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Pouquíssimos tiveram vida confortável a vida toda. (Wikipedia) |
Paradoxalmente, a biografia de pouquíssimos compositores famosos é composta de homens ricos e esnobes. Mozart, Beethoven, J.S. Bach, Rachmaninoff, Chopin, Tchaikovsky para citar alguns, passaram por dificuldades financeiras agudíssimas. As vezes por guerras, as vezes por falta de público o fato é que alguns deles quando faleceram deixaram suas famílias em situações complicadas. Talvez essa seja a eterna sina dos músicos... o que é bom raramente é popular.
E quanto aos concertos? Numa época em que não havia rádio, televisão, computador, as pessoas iam ou ao Teatro ou à Igreja em busca de entretenimento ou ocupação mental. E eram isso: pessoas comuns que iam aos teatros e não (somente) as ricas e esnobes! Muitas vezes os ricos e/ou influentes não passavam de empregadores para os grandes artistas. A lógica é que se você paga pra alguém trabalhar para você, você vai exigir resultado do seu empregado. E a produção desse seu empregado vai sedirecionar de acordo com o que você gosta. Desta forma, o empregador de cada compositor em cada época de sua vida podendo ser a igreja, algum político influente ou rico aristocrata, exerceram profunda influência nas obras de cada compositor. Conhecer as circunstâncias de vida que cada compositor vivia no momento da composição de cada peça, ajuda a entender a obra dele.
Mas como eu bem disse a internet é uma faca de dois gumes, informação não traz necessariamente conhecimento (este parece ser o mote dos professores modernos). De forma que no mar de informação digital, disponibilidade deixou de ser o problema. O problema passou a ser organizar nossos métodos e nosso pensamento na busca do conhecimento. É pinçar neste Oceano Atlântico de informações somente o que nos interessa sem nos perdermos com tanta abundância.
Procuro ajudar todos a ver, como eu vi, que hoje em dia não precisa ser "rico" para botar um álbum de musica erudita a tocar o celular ou a buscar uma coleção de obras de arte nas redes sociais, a buscar informações precisas sobre determinado compositor musical.
Espero ajudar.
IL Dilettantte!